O palco e o mundo


Eu, Pádua Fernandes, dei o título de meu primeiro livro a este blogue porque bem representa os temas sobre que pretendo escrever: assuntos da ordem do palco e da ordem do mundo, bem como aqueles que abrem as fronteiras e instauram a desordem entre os dois campos.
Como escreveu Murilo Mendes, de um lado temos "as ruas gritando de luzes e movimentos" e, de outro, "as colunas da ordem e da desordem"; próximas, sempre.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Desarquivando o Brasil CXXXI: Comissão da Memória e Verdade da Prefeitura de São Paulo: Prêmio e relatório final



Neste dia 12 de dezembro, às 18 horas, no auditório do Ibirapuera, será entregue pela primeira vez o Prêmio de Direito à Memória e à Verdade Alceri Maria Gomes da Silva, criado para atender a uma das recomendações da Comissão da Memória e Verdade da Prefeitura de São Paulo.
A cerimônia ocorrerá durante o 4o. Festival de Direitos Humanos da Prefeitura. O jurista Fábio Konder Comparato receberá o troféu; o Centro de Arqueologia e Antropologia Forense da Unifesp e a cineasta Tata Amaral receberão menções honrosas.
Os vencedores desta edição foram escolhidos pelos atuais membros da Comissão: Adriano Diogo, Audálio Dantas, Camilo Vannuchi, Fermino Fecchio e Tereza Lajolo (coordenadora). Já foram membros Fernando Morais, que a deixou em 2015 e foi substituído por Diogo, e Cesar Cordaro, cuja vaga foi preenchida por Vannuchi em 2016.
O nome do Prêmio nasceu de sugestão de Vivian Mendes, assessora da Comissão. Alceri Maria Gomes da Silva pertencia à Vanguarda Popular Revolucionária (VPR). Foi enterrada no Cemitério de Vila Formosa, na cidade de São Paulo, mas seu corpo continua desaparecido. Vejam nesta ligação, da Comissão "Rubens Paiva", a história da militante e os documentos concernentes.




Em 15 de dezembro, no auditório da Prefeitura (Viaduto do Chá n. 15, 7o. andar), às 11 horas, será entregue o relatório final da Comissão da Memória e Verdade da Prefeitura de São Paulo. Criada com base na lei municipal n. 16012, de 16 junho de 2014, ela foi instalada em 26 de setembro daquele ano, e encerrará suas atividades neste mês de dezembro de 2016.
O documento ficará disponível, pelo menos durante a administração de Fernando Haddad, no sítio da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania.
A Comissão já havia publicado um relatório parcial em 2015 e outro, em 2016, com suas recomendações.
O documento final trará capítulos sobre a própria Comissão, sua competência e suas atividades, o regime de exceção, uma linha do tempo segundo os Prefeitos da cidade, bem como sobre a perseguição aos trabalhadores municipais, desaparecimento e ocultação de cadáveres, repressão aos movimentos sociais, os indigentes e o desaparecimento no serviço funerário, as recomendações  e uma seção de fotos.

P.S.: Os relatórios podem ser baixados aqui: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/direitos_humanos/comissao_da_memoria_e_verdade/index.php?p=223130

Esta nota foi escrita no âmbito da Blogagem Coletiva #DesarquivandoBr, cuja chamada pode ser lida nesta ligação: https://desarquivandobr.wordpress.com/2016/11/29/nova-mobilizacao-do-desarquivandobr/

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